Esse blog foi feito especialmente para todos os apaixonados por Van Gogh e para você, que nos prestigiou no nosso trabalho intelectual e quer ir além da "barraquinha"! Aproveitem tudo o que o nossos queridos Vincent e Luiz Antônio tem a nos oferecer!!! Com muito carinho, Amanda, Bárbara, Carol, Erik, Giovanni e Maria Laura
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Amarelo, por quê?
Vocês já repararam que, nas obras de Van Gogh, há sempre algum traço ou boa parte da obra em amarelo?
Isso acontece porque acredita-se que Vincent sofria de Xantopsia.
Xantopsia é uma perturbação visual em que a maioria dos objetos observados pelo olho do doente parecerem amarelados (do grego xanthós, "amarelo" + ópsis "vista").
Esta doença pode ou não ter surgido pelo excesso de ingestão de absinto, uma bebida destilada muito popular na França (que teria um suposto efeito alucinógeno) e que também contém tujona, uma toxina.
Outra teoria diz que um médico, doutor Gachet, teria indicado o uso de digitalis para o tratamento de epilepsia. A digitalis, ou digitalina, uma substância presente na dedaleira, é medicamento cardíaco prescrito em alguns casos de arritmia ou insuficiência cardíaca. E a dedaleira, ou campainha, é uma erva lenhosa ou semilenhosa, venenosa, nativa da Europa. Pode ser cultivada como medicinal ou como ornamental.
sábado, 27 de outubro de 2012
Theo van Gogh
Theodorus van Gogh nasceu em 1 de maio de 1857.
Através dos anos, Theo desenvolveu uma grande amizade e uma forte ligação com seu irmão mais velho, Vincent van Gogh. Foi Theo quem suportou Vincent financeiramente durante a maior parte de sua vida e quem deu a sugestão de levar a pintura mais a sério.
Theo morreu no dia 25 de janeiro de 1890, seis meses depois da morte de seu irmão, e está enterrado no cemitério Auvers-sur-Oise, na França.
Girassóis
No livro Sonhos em Amarelo, há poéticas descrições das obras de Van Gogh. Por exemplo: “Havia sempre algo novo com que me intrigar, no que me pegava envolto naquele mundo de quadros...
Havia aqueles vasos cheios de girassóis, e eu tentava contar as flores de cada quadro. Eram doze, quatorze, quinze girassóis, alguns sumiam da noite para o dia, outros brotavam da tela, abriam-se, murchavam.
Como se fossem um canteiro cultivado e tratado diariamente pelo senhor Van Gogh.
Os girassóis dele me fascinavam. Na tela, pareciam conversar entre si, aos sussurros. Pareciam sorrir ou chorar. Pareciam me chamar pelos olhos. Pareciam jamais haverem sido arrancados da terra.”
sábado, 20 de outubro de 2012
domingo, 7 de outubro de 2012
O Nome
Recebeu o mesmo nome de seu avô paterno e também daquele que seria o primogênito da família, morto exatamente um ano antes do nascimento do pintor. Especula-se que este fato tenha influenciado profundamente certos aspectos de sua personalidade, e que determinadas características de sua pintura (como a utilização de pares de figuras masculinas) tenham sido motivadas por isso.
Frases de Van Gogh
Além de um incrível pintor e desenhista, Vincent Van Gogh também era uma cabeça pensante!!! Leia algumas de suas frases mais conhecidas:
"Acredito cada vez mais que não se deve julgar o bom Deus por este mundo, pois foi um estudo dele que saiu errado."
"O resultado do pensamento não tem de ser o sentimento mas a atividade."
"Procura compreender o que dizem os artistas nas suas obras-primas, os mestres sérios. Aí está Deus."
"O amor é eterno - a sua manifestação pode modificar-se, mas nunca a sua essência... através do amor vemos as coisas com mais tranquilidade, e somente com essa tranquilidade um trabalho pode ser bem sucedido."
"Não tenho certeza de nada, mas a visão das estrelas me faz sonhar."
"Quem não é senhor do próprio pensamento não é senhor de suas ações."
"Quando sinto uma terrível necessidade de religião, saio à noite para pintar as estrelas."
"Após a experiência dos ataques repetidos, convém-me a humildade. Assim pois: paciência. Sofrer sem se queixar é a única lição que se deve aprender nesta vida."
"Ache belo tudo o que puder. A maioria das pessoas não acha belo o suficiente."
"Não vamos esquecer que as emoções são os grandes capitães de nossas vidas, nós obedecemo-lhes sem nos apercebermos."
"Não extingua sua inspiração e sua imaginação; não se torne o escravo do seu modelo."
Curiosidades sobre a vida de Van Gogh
"Cartas a Theo: Ao longo da vida, Vincent van Gogh escreveu mais de 750 cartas ao irmão, Theodore, quatro anos mais novo, mas por quem foi sustentado durante longos períodos. Nesses escritos, discorre longamente sobre seu processo criativo, sobre seu relacionamento com o irmão e amigos e sobre o avanço progressivo da loucura. A extensa e emocionada correspondência seria mais tarde reunida em livro, Cartas a Theo. No Brasil, existe uma edição de bolso da obra, editada pela L&PM.
O missionário: Em 1878, Vincent van Gogh tentou ingressar em um curso de teologia em Amsterdã. Pretendia seguir a mesma carreira do pai e do avô, pastores protestantes, mas foi reprovado nos exames de admissão. Não desistiu: fez um curso livre em Laeken, próximo a Bruxelas e depois mudou-se para um pequeno distrito, cujos moradores viviam do trabalho extenuante em uma mina de carvão. Como missionário, passou por várias privações, dormindo no chão e tratando de doentes incuráveis.
Prova de fogo: Uma das muitas paixões não-correspondidas de Vincent van Gogh foi a que nutriu pela prima, Kee Vos-Stricker, que era viúva e mantinha-se fiel à memória do marido morto. Para provar a intensidade de seu amor, Vincent submeteu-se, literalmente, a uma prova de fogo: deixou a mão sobre a chama de uma lamparina até queimá-la. A prima não se comoveu.
Desavenças com Gauguin: Quando mudou-se para Arles, Vincent van Gogh convidou Paul Gauguin para morar com ele naquela cidade do sul da França. Pretendia fundar, ao lado do colega, uma espécie de "colônia de artistas". O curto período em que estiveram juntos foi de grande importância para a obra posterior dos dois artistas. Mas as diferenças estéticas e as diferenças de temperamento entre os dois terminaram por provocar crises nervosas em van Gogh, que se revoltou, quis agredir Gauguin e acabou por se agredir, cortando um pedaço de sua orelha. Gauguin com intenções simbolistas pintava de memória, enquanto van Gogh fazia questão de pintar diante da natureza.
À luz de velas: Van Gogh pintava também à noite, no campo, ao ar livre. Para iluminar o cavalete, as tintas e os pincéis, o artista lançava mão de um singular estratagema: colocava uma fileira de velas acesas sobre a aba do chapéu.
Arte no sanatório. Após a temporada em Arles, o artista foi internado em um hospital em Saint-Remi-de-Provence. As obras deste período mostram ciprestes eriçados e céus turbulentos. É desta época a sua interpretação da gravura de Doret "A ronda dos prisioneiros", na qual se identifica e se retrata entre os prisioneiros.
Milhões de dólares: Como não tinha dinheiro para pagar modelos, Vincent van Gogh convidava amigos e conhecidos para pintar-lhes os retratos. Foram assim que surgiram algumas de suas obras mais célebres, como o "Retrato do Dr. Gachet" - Paul Gachet foi o médico que tratou dele nos últimos momentos de vida. Um século depois, em 1990, o quadro foi leiloado por mais de 80 milhões de dólares.
Nas telas do cinema. A vida atormentada de van Gogh tem sido um tema fértil para o cinema. Um dos grandes filmes sobre a vida do artista é Sede de viver, dirigido por Vincent Minelli, de 1956, com o ator Kirk Douglas no papel principal. O cineasta japonês Akira Kurosawa também o retratou em um dos episódios do filme Sonhos, de 1990. No mesmo ano, Robert Altman filmou Van Gogh - Vida e obra de um gênio. Em 1991, o francês Maurice Pialat, em Van Gogh, abordou os meses finais da existência turbulenta do pintor."
Tudo do blog: 7 das Artes!!!
A estrela da obra: Van Gogh
"Ele passou para a história como um dos exemplos mais notórios do artista maldito, do gênio desajustado, do homem incompreendido por seu tempo, mas que foi aclamado pela posteridade. Ao longo da vida, sofreu uma série interminável de infortúnios: desilusões amorosas, crises nervosas, misérias financeiras. Foi tratado como louco, ficou várias vezes exposto à fome, à solidão e ao frio. Ridicularizado pela maioria de seus contemporâneos, hoje é considerado um dos maiores mestres da pintura universal.
Vincent Willem van Gogh, nasceu em 30 de março de 1853, em uma pequena aldeia de Groot-Zundert, na Holanda. O irmão mais velho, que também fora batizado como Vincent, nascera um ano antes, 1852, igualmente em 30 de março, mas morrera com apenas seis meses de idade. Assim, a criança recém-nascida vinha ao mundo com a responsabilidade de ocupar o lugar que o destino roubara ao primogênito.
Por isso, van Gogh foi obrigado a abandonar cedo a escola, para ajudar no sustento da família. Filho de um pastor protestante, conseguiu aos 15 anos o emprego de empacotador e despachante de livros na cidade de Haia, numa filial da prestigiada galeria Goupil, de Paris. Ali, manteve seus primeiros contatos com a arte e com artistas.
Foi transferido para a filial de Bruxelas e, em seguida, para a de Londres. Mas, após ser rejeitado por uma jovem inglesa pela qual se apaixonara, caiu em depressão, buscou refúgio espiritual na religião e acabou demitido. A partir de então, passou a ter uma existência mística e errante. Alternou empregos subalternos, viveu como vagabundo e foi pregar o Evangelho para camponeses e mineradores no interior da Bélgica.
Em 1880, enfim, trocou a fé pela arte. Mas a sua inquietação existencial continuou, ainda mais intensa. Apaixonou-se novamente, desta vez por uma prima, que também recusou-lhe o seu amor. Em 1882, conheceu a prostituta Christine Sien, grávida e alcoólatra, com quem passou a viver durante alguns meses, até que a convivência entre os dois se tornou insuportável. Nesse período, os quadros de van Gogh ainda possuíam cores e tons predominantemente escuros.
Após a morte do pai, em 1885, o artista nunca mais retornaria a Holanda. Fixou-se inicialmente na Antuérpia e, depois, decidiu ir a Paris, onde passou dois anos e descobriu a pintura luminosa dos impressionistas. "O ar francês limpa o cérebro e faz bem", escreveu à época, antes de decepcionar-se com a rivalidade entre os artistas locais e a vida agitada da cidade grande.
Foi na pequena e ensolarada aldeia francesa de Arles que a pintura de Vincent van Gogh encontrou o cenário ideal para dar o grande salto artístico, a partir de 1888, apenas dois anos antes de sua morte. As cores - sobretudo o amarelo - explodiram com intensidade nas telas, mas o deslumbramento e a obsessão pelo trabalho minaram-lhe a saúde física e mental.
Em Arles, pintou cerca de 200 quadros e fez 100 desenhos. Ficou esgotado e foi internado em um asilo, após uma série de colapsos nervosos. Em um deles, investiu contra o colega Paul Gauguin, armado com uma navalha. Terminou por decepar a própria orelha, que presenteou a uma prostituta.
Em meados de 1890, aos 37 anos, viajou para a cidade francesa de Auvers-sur-Oise, para tentar descansar e recuperar a saúde. O médico recomendou-lhe a pintura como terapia. No dia 27 de julho, saiu em direção a um trigal, igual a tantos outros que já pintara. Mas não levava telas e pincéis, e sim uma pistola. Voltou a arma contra o próprio peito e apertou o gatilho. Não resistiu ao ferimento. Morreu por volta de uma e meia da manhã do dia 29.
No início daquele ano, recebera uma boa notícia: finalmente um trabalho seu, o quadro "A videira vermelha", conseguira encontrar comprador."
Do blog: 7 das Artes!!!
sábado, 16 de junho de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
O Vinhedo Vermelho
O vinhedo vermelho foi o único quadro vendido por Van Gogh ainda em vida. Ele foi comprado em Bruxelas, em janeiro de 1890 por Anne Bloch, e está hoje no Museu Pushkin, em Moscou.
"-Vendi um quadro! Um vinhedo... um vinhedo vermelho-rubi, como vinho tinto bem encorpado. Mas, a distância, se transformava em amarelo; e tem o céu esverdeado acima, o Sol, a terra depois de uma chuva em violeta, a água acumulada, espalhando faíscas amarelas para todos os lados,s ugando o reflexo do sol, eu... o vendi. Meu irmão o vendeu. Em Bruxelas. Por 400 francos." ( Retirado do livro Sonhos em Amarelo- págs 80 e 81)
Café Terraço
"...Naquela noite, ele estava pintando o Café Terraço, e era uma hora movimentada, muita gente nas mesas, garçons servindo, pessoas cruzando a rua, charretes e carroças passando. (...) Pessoas emergindo das sombras da rua ou penetrando nelas, o brilho em muitos tons de dourado que se derramava sobre as mesas; daquele lampião que mesmerizava e se grudava nas paredes, ressaltando os relevos do calçamento das pedras da rua e destacando o café do restante do cenário, como um palco em meio ao salão de um teatro às escuras. As pessoas eram manchas de tinta que se moviam, dissolvidas em meio a cores e sombras, figuras que só ganhavam identidade não pela expressão de seus rostos nem por uma silhueta definida, que não tinham nem uma nem outra, mas como personagens de um conjunto. E lá, no alto, as estrelas. Elas olhando cá para baixo. Eram as estrelas a plateia; tudo o mais, o espetáculo." ( Retirado do livro Sonhos em Amarelo- págs 75 e 76)
sábado, 26 de maio de 2012
A Provence
A Família Roulin
Desde que chegou a Arles, um dos melhores amigos de Van Gogh foi o brigadeiro despachante postal Joseph Roulin e que, no livro Sonhos em Amarelo, é sua companhia todas as noites.
Além do amigo, Vincent também pintou a mulher do carteiro Augustine (madame Roulin, e os filhos do casal.
Devido à quantidade de pinturas da família, podemo afirmar, com certeza, que ela foi muito importante para Van Gogh no período mais colorido de sua vida.
Arles: o grande estúdio
A cidade de Arles está localizada no departamento de Bouches-du-Rhône, tem cerca de 52.000 habitantes e é a capital da cultura provençal. Arles já foi um ativo porto fluvial durante a dominação romana, e lá celebraram-se vários concílios, destacando-se o de 314. Foi ocupada pelos Visigodos (480) e pelos Sarracenos (730). Durante os séculos X e XI pertenceu ao reino da Borgonha, depois república independente, passando em 1251 para o poder de Carlos V de Anjou e, em 1481, para a coroa francesa.
Durante o Império Romano, a cidade era conhecida como Arelate. O nome completo da colônia era Colonia Iulia Paterna Arelatensium Sextanorum, "a colônia juliana ancestral de Arles dos soldados da Sexta [Legião]".
Está unida ao mar Mediterrâneo através de um canal e fica a norte da região da Camarga, uma grande planície e zona úmida no delta do rio Ródano.
Hoje a cidade é um importante centro agropecuário, comercializa vinhos e frutas.
E o mais importante de Arles: foi lá que Van Gogh escolheu pra morar e para criar a sua Colônia de Artistas (que não deu muito certo). Lá ele pintou duzentos de seus melhores trabalhos, que retratavam o povo e as belas paisagens da provença.
sábado, 19 de maio de 2012
A Grande Exposição Universal e a Torre Eiffel
A Grande Exposição Universal (Exposition Universelle) decorreu em 1889, em Paris. Ela aconteceu entre os dias 6 de maio e 31 de Outubro. A Exposição também foi uma comemoração pelo centenário da Revolução Francesa (1789). Cobria uma área de 50 hectares: Champs de Mars, Trocadero, estação d'Orsay, explanada dos Invalides e uma parte do rio Sena. A exposição Universal, que incluia o Palácio das Belas Artes e o Palácio das Artes Liberais, teve 61.721 expositores e recebeu mais de 33 milhões de visitantes durante 6 meses. Casas chinesas, mesquitas, pavilhões indianos, templos maias, pavilhões de colônias e de países da Europa, da Ásia, da África, das Américas (acreditem, tinha um Pavilhão do Brasil!)atraiam os visitantes.
Dois balões à hidrogênio levavam os turistas a admirarem a exposição do alto. À noite, o público se preparava para o momento mais esperado, quando as fontes luminosas, espalhadas ao longo dos jardins, eram acesas.
A Torre Eiffel foi construída especialmente para essa ocasião, e prevista para ser desmontada logo depois. Foi o símbolo principal da Exposição, e ainda servia de entrada. Concebida pelo engenheiro Gustave Eiffel. Com 300 metros de altura, era a construção mais alta do mundo. Ela foi a maior polêmica do evento.
Com sua estrutura esguia e elegante, 7.300 toneladas de ferro perfeitamente encaixadas, 1 milhão de rebites, 2,5 milhões de parafusos, conquistou a França e o mundo. Foi inaugurada em 31 de março de 1889, depois de dois anos e dois meses de trabalho e aberta ao público a partir de 15 de maio.
Ela maravilha e ao mesmo tempo, escandaliza. Seus adversários protestam: "Essa torre vertiginosamente ridícula, dominando Paris como uma gigantesca chaminé de fábrica, é a desonra de Paris", escreveu Maupassant. Seus admiradores argumentaram que o recorde mundial de altura estava batido.
Adaptado de:
A Marselhesa
Logo na primeira página do livro, é citada a Marselhesa, o hino nacional da França.Foi composto pelo oficial Claude Joseph Rouget de Lisle em 1792, como canção revolucionária. A canção adquiriu grande popularidade durante a Revolução Francesa, especialmente entre as unidades do exército de Marselha, ficando conhecida como A Marselhesa.
Claude Joseph Rouget de Lisle foi um oficial do exército francês e músico autodidata. Ele compôs a canção a pedido do prefeito de Estrasburgo, Philippe-Frédéric de Dietrich, dias depois da declaração de guerra ao imperador da Áustria, em 25 de abril de 1792. O canto deveria ser um estímulo para encorajar os soldados no combate de fronteira, na região do rio Reno.
A canção obteve sucesso imediato e em pouco tempo, por intermédio de viajantes, chegou à Provença, no sudeste da França. Um mês depois, a canção chegava a Paris com os soldados federados marselheses, que a cantaram durante todo o percurso. Desde então, passou a ser associada à cidade de Marselha. No dia 4 de agosto o jornal La Chronique de Paris evocou o canto dos marselheses, e seis dias depois ele seria entoado durante a famosa tomada do Palácio das Tulherias.
"Avante, filhos da Pátria,
O dia da Glória chegou.
Contra nós, a tirania
O estandarte encarnado se eleva!
Ouvis nos campos rugirem
Esses ferozes soldados?
Vêm eles até nós
Degolar nossos filhos, nossas mulheres.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos!
Nossa terra do sangue impuro se saciará!"
Texto e Contexto
"Em fevereiro de 1888, Vincent Van Gogh mudou-se para Arles, no sul da França. Para aquele espírito que parecia não encontrar lugar no mundo, era sua última chance, seu tudo ou nada. Van Gogh escreveu certa vez que apostava a vida em sua pintura. E, de fato, era tanta a ansiedade de compartilhar toda aquela beleza que enxergava, e que não conseguia transmitir de outra maneira, que para ele pintar e ter seu talento reconhecido tornou-se questão de sobrevivência.
Em Arles, teve um grande amigo, o carteiro Joseph Roulin. Van Gogh foi acolhido pelos Roulins como se pertencesse à família. Apesar de sua grande produção, Van Gogh pintou somente nos seus últimos dez anos de vida. Foi em Arles que o artista criou seus quadros mais famosos. Arles foi, portanto, seu paraíso e sua travessia final.
Nesta ficção criada por Luiz Antonio Aguiar, um olhar atento, intrigado e fascinado acompanha o pintor. É Camille, o filho de Joseph, de onze anos. Talvez só Camille tenha conseguido enxergar que, em seus quadros, Van Gogh criou para si o único mundo inde se via aceito e onde a paz de espírito e o amor eram possíveis para ele.
Camille Roulin foi retratado em diferentes oportunidades por Van Gogh. Um desses quadros- O gatoto de quepe-, um dos mais populares do pintor, está no Museu de Arte de São Paulo."
Retirado de: AGUIAR, Luiz Antonio. Sonhos em Amarelo: o garoto que não esqueceu Van Gogh. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2007.
O autor
Luiz Antonio Aguiar é um escritor carioca, aquariano e rubro-negro, muito grato aos “escritores-ícone” da literatura mundial, como Mark Twain e o nosso Machado de Assis, sobre o qual Luiz Antonio já escreveu artigos e livros. Por muito tempo, ganhou a vida escrevendo roteiros para histórias em quadrinhos e hoje coleciona prêmios, menções, etc. Foi selecionado para o White Ravens 2008 por Sonhos em amarelo, o garoto que não esqueceu Van Gogh. Menções Altamente Recomendável da FNLIJ com Confidências de um pai pedindo arrego, Eles são sete (coletânea de contos), O fantasma do Barão de Munchausen, Contos de Copacabana, Alqueluz, Assim tudo começou, Que haja a escrita, O mundo é dos canários, O que é qualidade em literatura infantil? (coletânea de ensaios, Org. Ieda de Oliveira) e O cavaleiro das palavras e Sonhos em Amarelo, Brincos de ouro e sentimentos pingentes e Almanaque Machado de Assis.
Um resumo da obra
"Sonhos em Amarelo é uma ficção criada por Luiz Antonio Aguiar, que traz como personagens Vincent Van Gogh- um espírito que era como um labirinto- e Camille Roulin, o garoto que, entre assombros e encantamentos, pinturas e sonhos, esteve sempre próximo do pintor no período em que este produziu seus quadros mais famosos."
Retirado de: AGUIAR, Luiz Antonio. Sonhos em Amarelo: o garoto que não esqueceu Van Gogh. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2007.
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