sábado, 19 de maio de 2012

Texto e Contexto

"Em fevereiro de 1888, Vincent Van Gogh mudou-se para Arles, no sul da França. Para aquele espírito que parecia não encontrar lugar no mundo, era sua última chance, seu tudo ou nada. Van Gogh escreveu certa vez que apostava a vida em sua pintura. E, de fato, era tanta a ansiedade de compartilhar toda aquela beleza que enxergava, e que não conseguia transmitir de outra maneira, que para ele pintar e ter seu talento reconhecido tornou-se questão de sobrevivência. Em Arles, teve um grande amigo, o carteiro Joseph Roulin. Van Gogh foi acolhido pelos Roulins como se pertencesse à família. Apesar de sua grande produção, Van Gogh pintou somente nos seus últimos dez anos de vida. Foi em Arles que o artista criou seus quadros mais famosos. Arles foi, portanto, seu paraíso e sua travessia final. Nesta ficção criada por Luiz Antonio Aguiar, um olhar atento, intrigado e fascinado acompanha o pintor. É Camille, o filho de Joseph, de onze anos. Talvez só Camille tenha conseguido enxergar que, em seus quadros, Van Gogh criou para si o único mundo inde se via aceito e onde a paz de espírito e o amor eram possíveis para ele. Camille Roulin foi retratado em diferentes oportunidades por Van Gogh. Um desses quadros- O gatoto de quepe-, um dos mais populares do pintor, está no Museu de Arte de São Paulo." Retirado de: AGUIAR, Luiz Antonio. Sonhos em Amarelo: o garoto que não esqueceu Van Gogh. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2007.

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