sábado, 26 de maio de 2012

A Provence

Ao observar estas imagens, é fácil saber porque Vincent Van Gogh escolheu Arles, Provence, para morar e pintar. Não é por acaso que foi em Arles que ele produziu suas obras mais famosas, a paisagem é mesmo inspiradora!

A Família Roulin

Desde que chegou a Arles, um dos melhores amigos de Van Gogh foi o brigadeiro despachante postal Joseph Roulin e que, no livro Sonhos em Amarelo, é sua companhia todas as noites.
Além do amigo, Vincent também pintou a mulher do carteiro Augustine (madame Roulin, e os filhos do casal.
Devido à quantidade de pinturas da família, podemo afirmar, com certeza, que ela foi muito importante para Van Gogh no período mais colorido de sua vida.

Arles: o grande estúdio

A cidade de Arles está localizada no departamento de Bouches-du-Rhône, tem cerca de 52.000 habitantes e é a capital da cultura provençal. Arles já foi um ativo porto fluvial durante a dominação romana, e lá celebraram-se vários concílios, destacando-se o de 314. Foi ocupada pelos Visigodos (480) e pelos Sarracenos (730). Durante os séculos X e XI pertenceu ao reino da Borgonha, depois república independente, passando em 1251 para o poder de Carlos V de Anjou e, em 1481, para a coroa francesa. Durante o Império Romano, a cidade era conhecida como Arelate. O nome completo da colônia era Colonia Iulia Paterna Arelatensium Sextanorum, "a colônia juliana ancestral de Arles dos soldados da Sexta [Legião]". Está unida ao mar Mediterrâneo através de um canal e fica a norte da região da Camarga, uma grande planície e zona úmida no delta do rio Ródano. Hoje a cidade é um importante centro agropecuário, comercializa vinhos e frutas. E o mais importante de Arles: foi lá que Van Gogh escolheu pra morar e para criar a sua Colônia de Artistas (que não deu muito certo). Lá ele pintou duzentos de seus melhores trabalhos, que retratavam o povo e as belas paisagens da provença.

sábado, 19 de maio de 2012

A Grande Exposição Universal e a Torre Eiffel

A Grande Exposição Universal (Exposition Universelle) decorreu em 1889, em Paris. Ela aconteceu entre os dias 6 de maio e 31 de Outubro. A Exposição também foi uma comemoração pelo centenário da Revolução Francesa (1789). Cobria uma área de 50 hectares: Champs de Mars, Trocadero, estação d'Orsay, explanada dos Invalides e uma parte do rio Sena. A exposição Universal, que incluia o Palácio das Belas Artes e o Palácio das Artes Liberais, teve 61.721 expositores e recebeu mais de 33 milhões de visitantes durante 6 meses. Casas chinesas, mesquitas, pavilhões indianos, templos maias, pavilhões de colônias e de países da Europa, da Ásia, da África, das Américas (acreditem, tinha um Pavilhão do Brasil!)atraiam os visitantes. Dois balões à hidrogênio levavam os turistas a admirarem a exposição do alto. À noite, o público se preparava para o momento mais esperado, quando as fontes luminosas, espalhadas ao longo dos jardins, eram acesas.
A Torre Eiffel foi construída especialmente para essa ocasião, e prevista para ser desmontada logo depois. Foi o símbolo principal da Exposição, e ainda servia de entrada. Concebida pelo engenheiro Gustave Eiffel. Com 300 metros de altura, era a construção mais alta do mundo. Ela foi a maior polêmica do evento.
Com sua estrutura esguia e elegante, 7.300 toneladas de ferro perfeitamente encaixadas, 1 milhão de rebites, 2,5 milhões de parafusos, conquistou a França e o mundo. Foi inaugurada em 31 de março de 1889, depois de dois anos e dois meses de trabalho e aberta ao público a partir de 15 de maio. Ela maravilha e ao mesmo tempo, escandaliza. Seus adversários protestam: "Essa torre vertiginosamente ridícula, dominando Paris como uma gigantesca chaminé de fábrica, é a desonra de Paris", escreveu Maupassant. Seus admiradores argumentaram que o recorde mundial de altura estava batido. Adaptado de:

A Marselhesa

Logo na primeira página do livro, é citada a Marselhesa, o hino nacional da França.Foi composto pelo oficial Claude Joseph Rouget de Lisle em 1792, como canção revolucionária. A canção adquiriu grande popularidade durante a Revolução Francesa, especialmente entre as unidades do exército de Marselha, ficando conhecida como A Marselhesa. Claude Joseph Rouget de Lisle foi um oficial do exército francês e músico autodidata. Ele compôs a canção a pedido do prefeito de Estrasburgo, Philippe-Frédéric de Dietrich, dias depois da declaração de guerra ao imperador da Áustria, em 25 de abril de 1792. O canto deveria ser um estímulo para encorajar os soldados no combate de fronteira, na região do rio Reno. A canção obteve sucesso imediato e em pouco tempo, por intermédio de viajantes, chegou à Provença, no sudeste da França. Um mês depois, a canção chegava a Paris com os soldados federados marselheses, que a cantaram durante todo o percurso. Desde então, passou a ser associada à cidade de Marselha. No dia 4 de agosto o jornal La Chronique de Paris evocou o canto dos marselheses, e seis dias depois ele seria entoado durante a famosa tomada do Palácio das Tulherias. "Avante, filhos da Pátria, O dia da Glória chegou. Contra nós, a tirania O estandarte encarnado se eleva! Ouvis nos campos rugirem Esses ferozes soldados? Vêm eles até nós Degolar nossos filhos, nossas mulheres. Às armas cidadãos! Formai vossos batalhões! Marchemos, marchemos! Nossa terra do sangue impuro se saciará!"

Texto e Contexto

"Em fevereiro de 1888, Vincent Van Gogh mudou-se para Arles, no sul da França. Para aquele espírito que parecia não encontrar lugar no mundo, era sua última chance, seu tudo ou nada. Van Gogh escreveu certa vez que apostava a vida em sua pintura. E, de fato, era tanta a ansiedade de compartilhar toda aquela beleza que enxergava, e que não conseguia transmitir de outra maneira, que para ele pintar e ter seu talento reconhecido tornou-se questão de sobrevivência. Em Arles, teve um grande amigo, o carteiro Joseph Roulin. Van Gogh foi acolhido pelos Roulins como se pertencesse à família. Apesar de sua grande produção, Van Gogh pintou somente nos seus últimos dez anos de vida. Foi em Arles que o artista criou seus quadros mais famosos. Arles foi, portanto, seu paraíso e sua travessia final. Nesta ficção criada por Luiz Antonio Aguiar, um olhar atento, intrigado e fascinado acompanha o pintor. É Camille, o filho de Joseph, de onze anos. Talvez só Camille tenha conseguido enxergar que, em seus quadros, Van Gogh criou para si o único mundo inde se via aceito e onde a paz de espírito e o amor eram possíveis para ele. Camille Roulin foi retratado em diferentes oportunidades por Van Gogh. Um desses quadros- O gatoto de quepe-, um dos mais populares do pintor, está no Museu de Arte de São Paulo." Retirado de: AGUIAR, Luiz Antonio. Sonhos em Amarelo: o garoto que não esqueceu Van Gogh. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2007.

O autor

Luiz Antonio Aguiar é um escritor carioca, aquariano e rubro-negro, muito grato aos “escritores-ícone” da literatura mundial, como Mark Twain e o nosso Machado de Assis, sobre o qual Luiz Antonio já escreveu artigos e livros. Por muito tempo, ganhou a vida escrevendo roteiros para histórias em quadrinhos e hoje coleciona prêmios, menções, etc. Foi selecionado para o White Ravens 2008 por Sonhos em amarelo, o garoto que não esqueceu Van Gogh. Menções Altamente Recomendável da FNLIJ com Confidências de um pai pedindo arrego, Eles são sete (coletânea de contos), O fantasma do Barão de Munchausen, Contos de Copacabana, Alqueluz, Assim tudo começou, Que haja a escrita, O mundo é dos canários, O que é qualidade em literatura infantil? (coletânea de ensaios, Org. Ieda de Oliveira) e O cavaleiro das palavras e Sonhos em Amarelo, Brincos de ouro e sentimentos pingentes e Almanaque Machado de Assis.

Um resumo da obra

"Sonhos em Amarelo é uma ficção criada por Luiz Antonio Aguiar, que traz como personagens Vincent Van Gogh- um espírito que era como um labirinto- e Camille Roulin, o garoto que, entre assombros e encantamentos, pinturas e sonhos, esteve sempre próximo do pintor no período em que este produziu seus quadros mais famosos."
Retirado de: AGUIAR, Luiz Antonio. Sonhos em Amarelo: o garoto que não esqueceu Van Gogh. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2007.